Se eu fosse...

Lembra daqueles questionários que a gente fazia na escola? Este aqui, que eu encontrei lá no Bruxas e Fadas, se parece muito com aqueles. Só não pergunta "com quantos você já ficou?".

Se eu fosse um mês, seria... Abril.
Se eu fosse um número, seria... 19. Porque 19 não é 20, e isso faz toda a diferença.
Se eu fosse um planeta, seria... Saturno.
Se eu fosse uma direção, seria... Para a frente.
Se eu fosse um móvel, seria... Uma mesa.
Se eu fosse um líquido, seria... Coca-cola.
Se eu fosse um pecado, seria... A preguiça.
Se eu fosse uma pedra, seria... Diamante. Pra que pensar pequeno?
Se eu fosse um metal, seria... Prata.
Se eu fosse uma árvore, seria... Um plátano.
Se eu fosse uma fruta, seria... Cereja.
Se eu fosse uma flor, seria... Margarida.
Se eu fosse um clima, seria... Temperado.
Se eu fosse um instrumento musical, seria... Uma harpa.
Se eu fosse um elemento, seria... A água.
Se eu fosse uma cor, seria... Vermelho.
Se eu fosse um animal, seria... Um elefante. Novamente, pra que pensar pequeno?
Se eu fosse um som, seria... Uma gargalhada.
Se eu fosse uma letra de música, seria... “Chega de saudade”. Acho fofinha!
Se eu fosse uma canção, seria... “Sara”, do Fleetwood Mac.
Se eu fosse um estilo de música, seria... Rock.
Se eu fosse um perfume, seria... Chanel 5.
Se eu fosse um sentimento, seria... A dúvida, que é o começo de tudo.
Se eu fosse um livro, seria... “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D.Salinger.
Se eu fosse uma comida, seria... Salmão assado.
Se eu fosse uma cidade, seria... Nenhuma.
Se eu fosse um gosto, seria... De maracujá.
Se eu fosse um cheiro, seria... De lavanda.
Se eu fosse uma palavra, seria... Imaginação.
Se eu fosse um verbo, seria... Imaginar.
Se eu fosse um objeto, seria... Um livro.
Se eu fosse uma roupa, seria... Vestido.
Se eu fosse uma parte do corpo, seria... Mãos.
Se eu fosse uma expressão, seria... “Pois é...”.
Se eu fosse um personagem de desenho animado, seria... Branca de Neve.
Se eu fosse um filme, seria... “A Princesa e o Plebeu”.
Se eu fosse uma forma, seria... Um círculo, sem começo, nem fim.
Se eu fosse uma estação, seria... Verão.
Se eu fosse uma frase, seria... “Acho digno”.

Falando nisso...



E não é que eu ganhei um selo? Muito estranho, para um blog atualizado de vez em nunca. Obrigada, Alexandre!

Vou repassar para Nanael, Rafael , Gabriel, outro Gabriel e Bárbara.

O que fazer quando...

... você tem mais blogs do que idéias para escrever?

a) Desistir de tudo?
b) Ir empurrando com a barriga?
c) Deixar como está?
d) Se esforçar mais?

Ainda não encontrei a resposta, mas fui convidada, ou melhor, pressionada, a participar de mais um blog coletivo. Com Frank e Meg, meus parceiros de Talicoisa.

Blogs coletivos são bons e divertidos. Alguém sempre vai ler, nem que sejam seus pares. Ótimo para quem tem a síndrome do “ninguém me ama, ninguém me lê”. Não é o meu caso, juro.

Blogs coletivos são excelentes, também, para quem só consegue funcionar à base de pressão. Você sempre dá um jeito de escrever, no seu dia marcado, para não decepcionar seus colegas de trabalho.

Blogs coletivos só não servem para quem não sabe dividir os brinquedos.

A quem interessar possa: o novo blog se chama "Mais de uma hora". Seja o que Deus quiser!

Fake doctors

De tanto ouvir meus amigos falarem do seriado House, resolvi assistir também. Estou com a primeira temporada aqui em casa e já vi os quatro primeiros episódios.

House (o personagem) me parece o tipo de pessoa mais legal que existe: aquela que tem senso de humor ferino. Fala o que quer, na hora que quer, sem se importar com “detalhes”, como o sentimento alheio. Gente muito boazinha, muito simpática, consegue ser deveras irritante.




Ele me lembra um pouco o Dr. Romano, do E.R, com a diferença de que Romano não dava vontade de levar para casa. House fala as maiores barbaridades com charme, Romano era simplesmente grosso. De qualquer forma, eu rio com os dois. Devo ter sérios problemas por gostar de gente assim, mas isso não vem ao caso.

Já sobre House (o seriado), não posso ter uma opinião formada, ainda. Gostei de todos os personagens e das histórias, mas ainda não criei aquele vínculo, tão necessário quando se trata de seriados.

Posso dizer que senti falta de adrenalina. Sete temporadas de E.R. (existem mais, mas eu só assisti até aí) me deixaram querendo ver um desfibrilador em ação a cada dez minutos. Seriados médicos em que a gente não pode dizer “Clear!” junto com os personagens soam muito estranhos.

Fiz toda essa lenga-lenga só para dizer que ainda prefiro E.R., que foi um grande seriado médico, antes de virar “The Abby Show”.

PS:“The Abby Show” é como os fãs da série passaram a chamá-la, depois que E.R. deixou de lado os casos médicos e passou a investir quase totalmente nos sofrimentos da jovem Dra. Abby.

PS2: Será que, mais para a frente, vou me viciar em House?

PS3: Aprendi porque eu acordo de repente, pulando. Diz o House (um dos médicos dele, sei lá como se chama) que quando a gente começa a dormir, às vezes o cérebro entende que o corpo morreu e manda um estímulo para ver se ele está vivo. Medo.

O primeiro amor ou Como ser patético sem fazer esforço

O amor é lindo, não é? É um assunto aparentemente inesgotável, que inspira desde gente chique e importante, como Shakespeare, até gente brega e desnecessária, como Zezé Di Camargo. Desde crianças ouvimos falar dele, nos livros de contos de fada, nas novelas, nas músicas e nas conversas dos adultos, que adoramos ouvir. Sabemos que, quando crescermos, vamos nos deparar com ele. E então, esse dia chega...

Eu tinha treze anos, estava na sétima série em uma escola nova. Naquele tempo, eu era mais feia que um raio: sempre magricela, cheia de espinhas e com uma cabeleira indomável. Estava em fase de crescimento, época em que algumas partes do corpo se desenvolvem antes do que outras, o que acaba dando à pessoa um aspecto bizarro. Parecia que eu só tinha nariz! Agora eu pergunto: uma pessoa nesse estado tem condições de atrair o sexo oposto? O cupido não poderia ter esperado um pouco mais? Claro que não! Imagina se os deuses vão deixar de se divertir às custas dos mortais! Jamais! E quando dei por mim, estava perdidamente apaixonada pelo Felipe.

Felipe tinha 13 anos como eu, mas nenhum defeito. Sim, essa é a primeira coisa se aprende com o amor: cegueira. Era dono de lindos cabelos loiros, olhos possivelmente azuis e uma voz rouca. Não estudava na mesma sala que eu, o que tornou ainda mais difícil ele saber da minha existência. Para completar o quadro da dor, o moço era popular e eu não.

O que nos leva ao lado patético da situação. Como se aproximar de uma pessoa popular, quando se é Betty, a Feia? Eu usei todas as armas que a minha timidez permitia: ficava lançando olhares de soslaio, outros olhares um pouco mais calientes (que ele não notou, ou pensou que fosse dor de barriga), passava umas duzentas vezes na frente dele no recreio e até fui à secretaria da escola para pedir seu telefone. Mas eu nunca liguei...

Enquanto isso, eu fazia planos para nós. Cheguei a escrever no meu diário que eu casaria com Felipe, seria veterinária e nós teríamos quatro filhos! De onde surgiu essa vocação para parideira, não sei. Também planejei exaustivamente o nosso primeiro beijo, ensaiei frases banais para dizer a ele, escrevi cartas de amor... A gente tinha até a “nossa música”, que era “Wind of Change”, dos Scorpions. Fora isso, eu pensava nele sempre que ouvia o Love Songs. Sim, minha gente, eu ouvia o Love Songs! A que ponto cheguei!

Outras conseqüências nefastas desse amor: não dormia direito, não me alimentava direito (devo ter emagrecido ainda mais) e também não queria saber de estudar. Estava sempre nas nuvens. Até fiz algumas tentativas (vãs) de melhorar a minha aparência, mas os cabelos continuaram iguais aos de Maria Bethânia. Droga de anos 90!



Um belo dia, tal qual bolha de sabão, a paixonite se desfez no ar. Não casei com Felipe, ele nunca me notou, se falei com ele, não consigo lembrar. Também nunca mais o vi... A única coisa que ficou foi a lembrança de dias turbulentos, mas divertidos. E uma pontinha de saudade, quando eu ouço “Wind of Change”, no rádio.

(Texto originalmente publicado no Talicoisa. Auto-plágio!)