Educando as novas gerações - II

Yuri: Eu sou irritante. Manda eu tomar no cu.

Luna: Não se manda ninguém tomar no cu.

Yuri: Por quê?

Luna: Porque a pessoa é capaz de gostar, aí sua ofensa vai por água abaixo.

Yuri: É mesmo...

Por que ele, Meg?

Minha amiga Rafa, mais conhecida como Meg, mora em Salvador. Nós nunca nos encontramos pessoalmente, só temos contato pela Internet. Ano passado, quando íamos nos conhecer, ela quebrou o pé antes de viajar. Estamos pensando nas próximas férias...

Com isso na cabeça, tive um sonho muito estranho...

Nele, nós viajamos e ficamos hospedadas numa pousada. Estávamos as duas na sala da pousada, falando com a dona. De repente, apareceu sabe quem? Lord Voldemort, em pessoa.

Ele chegou, tentou matar um monte de gente, mas não conseguiu. Verdade, ninguém morreu. O máximo que aconteceu foi uma correria na pensão. Sem graça! Já não fazem mais Lordes das Trevas como antigamente.

Eu e Meg ficamos paradas, olhando. A dona da pensão também. Terminado o espetáculo, Voldemort nos convidou para sair. Meg aceitou, encantada. Eu não queria, mas tinha que cuidar dela. Não ia deixar minha amiga sozinha com um doido. Fui junto.

Ele nos levou a um show. No carro da mãe da Meg, que apareceu não sei de onde. Voldie insistiu em dirigir, e não tivemos coragem de negar. Ele e Meg sentados na frente, e eu atrás, achando que aquilo não poderia acabar bem.



O show, como descobri depois, era do R.E.M. Chegamos quando eles estavam tocando “It’s the end of the world as we know it (and I feel fine)”. Achei condizente com o resto do sonho.

Lá pelas tantas, Voldemort se revoltou novamente. Insisti com a Meg para ir embora, mas ela estava se comportando como se estivesse num carnaval de rua. Ela dançando, Voldemort lançando raios nas pessoas, e eu preocupada.

Puxei a Meg pelo braço, saímos correndo, pegamos o carro e fomos... para o fórum! Na frente do fórum, Meg encasquetou que queria ver o rio, que não iria embora sem ver o rio.

Chegando no tal de rio, Voldemort apareceu novamente. Desta vez, ele estava transformado em outra pessoa, que tinha até nariz. Como um bom menino, nos levou de volta à pensão. Nada mais me lembro.

Moral da história?
a) Quando duas garotas saem para se divertir, sempre aparece um chato, para estragar tudo;
b) Segurar vela não é bom negócio. Ainda mais se o namorado (ou pretendente) da amiga for meio temperamental;
c) Todo o sapo dá um jeito de se transformar em príncipe, no final da história. Ainda que seja tarde demais;
d) Garotas, quando se encantam por um cara, não ouvem mais as amigas;
e) Mais vale quebrar o pé antes de viajar, do que marcar encontro com um cara sem nariz.

No momento...

... estou dando um tempo. Um longo tempo. Sem ler jornal, sem ligar a tevê. Perdi alguma coisa? O fim de “A Favorita”, que eu nem assisti mesmo, a posse do Obama, que nem me interessa, e milhares de notícias sobre a guerra na Palestina, que nunca foi novidade.

... estou sendo assombrada por fantasmas do passado. Está certo que a minha cidade não é tão grande assim, mas encontrar conhecidos de longa data, quase todos os dias, não tem a menor graça. Dou graças a Deus porque nem todo mundo pára para conversar. Acho simplesmente terrível responder à pergunta “O que você tem feito?”. Fantasmas do passado pertencem ao passado, e ele não volta. Que sigam seu caminho.

... estou me perguntando onde está o verão. Tem feito muito frio, tem chovido muito, para essa época do ano. Não é aquele frio de inverno, mas cadê o calorão? Aquele que te impede de dormir à noite, aquele que te faz morrer de sede e comprar um picolé? Será que começa em junho?

... estou lendo bastante. O ano mal começou e já li três livros. Dizem que tem gente que lê três livros em um ano. É, até que estou bem. Hoje começo mais um; ainda não decidi qual.

... estou viciada numa música, para variar. Meus vícios musicais são bem estranhos. Como consegui me viciar nisso?

... estou no MSN com mais um fantasma do passado. O que me leva a concluir que eles me perseguem. O engraçado é que, quando o fantasma ficou online, pensei que há tempos não nos falávamos e que isso era uma pena. Minutos depois, a criatura falou comigo e me disse exatamente o que eu pensei. Medo.

... estou pondo em prática meu verbo preferido: procrastinar. Daqui a pouco eu dou comida para os cachorros, mais tarde vou pedir uma pizza e semana que vem eu faço hidratação nos cabelos. Se Scarlett O’Hara pode deixar tudo para resolver amanhã, eu também posso.