Alergias

Um cachorro que é alérgico a pulgas, alguém já viu? Eu tenho um. O danado tem a mania de fugir para a rua, sempre que encontra o portão aberto. Na volta, traz esses visitantes indesejados. O tratamento deu certo, mas não foi barato. Custou mais do que o cachorro!

A dona do cachorro também tem alergia. Não a pulgas, mas a pêlos de cachorro. Depois de brincar, apertar, pegar no colo, sempre fico com umas bolinhas. Ou com coceira nos olhos.

Se existe tratamento, ainda não fiz. Sou pisciana e gosto de sofrer por amor.

PS: Por que todo o veterinário ri do nome do meu cão? Ozzy nem é um nome tão estranho assim!

Argumentos que encerram qualquer discussão

Um quase diálogo, ou quase monólogo, que ocorreu hoje no MSN.

Luna diz:
eu li Senhor dos Anéis e não sei de cor o nome de toda aquela gente, muito menos dos lugares
Luna diz:
é coisa demais
Luna diz:
Harry Potter é bem mais simples, os personagens são os mesmos em todos os livros, com algumas mortes e poucos acréscimos
Luna diz:
e quase toda a história se passa na escola
Fabio diz:
e já tá muito bom
Luna diz:
é
Luna diz:
saber tudo de SdA dá bem mais status
Fabio diz:
deve ser tipo saber a letra de Faroeste Caboclo

Fabio é genial, não?

O pior dia do ano

O cão chupando manga. Azeda que nem jiló. De mal com a vida. Acordando com os dois pés esquerdos. Melancólica. Chata de galocha. É assim que eu me sinto, desde sempre, quando chega a véspera do meu aniversário.

Não tem muito a ver com a idade, pois lembro de ter tido crises assim na adolescência também. Como eu disse antes, isso acontece desde sempre. Mas hoje, em que me despeço dos 30 anos e estou quase chegando aos 31, parece que tudo foi potencializado.

Passei o dia inteiro, inteirinho, sendo a Bridget Jones. Todos aqueles questionamentos que a Bridget faz ao longo de um ano, em seu diário, eu fiz hoje. Foi uma overdose de pessimismo, humor negro, antecipação de coisas que nem sei se vão acontecer. Uma típica véspera de aniversário. Na minha cabeça, os diálogos internos mais ridículos se sucediam.

Na padaria, ao ver uma mãe com seu filho:

Eu: Ai, será que um dia eu vou ter um filho?
Eu2: Tu nem gostas de criança. Nem tem paciência!
Eu: Pois é. Mas... Poxa vida, por que eu também não posso ter um filho?
Eu2: Cachorros dão menos trabalho. E ter filhos com quem?
Eu: É...

Na rua, indo para casa:

Eu: Já sei! Eu quero ir embora daqui. Não quero mais morar na mesma cidade, ver as mesmas pessoas. Ó, tô andando aqui e nem tô reparando em nada. Já conheço até as pedras da calçada de cor!
Eu2: Mudar de cidade não vai adiantar. Tu vais ter que te levar junto, sabia?
Eu: Eu sei que o problema sou eu!
Eu2: Então, agora é hora de olhar para dentro.
Eu: Cansei de olhar para dentro. Quero sofrer em Paris! Ou em São Paulo! Em Salvador!
Eu2: Com que dinheiro?
Eu: Ok, você venceu.

No trabalho, num momento ocioso, quando eu ia jogar fora uma folha de papel rabiscada:

Eu: Como era mesmo aquela dobradura que eu fazia na quinta série?
Eu2: E eu é que sei?
Eu: Acho que era assim... Ih, não deu certo. Mas eu tinha certeza de que era assim! Viu só? Eu não tenho talento pra nada! Pra nada!
Eu2: E de que serve ter talento pra dobrar papel?
Eu: Será que devo aprender origami?
Eu2: Pra quê?
Eu: Sei lá. Eu podia fazer aqueles passarinhos, amarrados numa cordinha... Um móbile, sabe?
Eu2: Isso é brega!
Eu: Verdade. Mas se eu fizesse, não teria que comprar um.

No trabalho, ainda:

Eu: Acho que eu preciso é de um amor.
Eu2: Uma pessoa, agora, só ia atrapalhar.
Eu: Por quê?
Eu2: Porque não é o momento. Agora é hora de olhar para dentro.
Eu: É... Realmente, não estou com paciência...
Eu2: Eu sempre tenho razão. Vai cuidar dessa cabeça!
Eu: E se eu aprendesse a meditar? A esvaziar a minha mente? Assim, não teria que ouvir você!
Eu2: Sua mente não consegue se aquietar. Nem por um segundo.
Eu: Eu SEI! Mas se eu pudesse dar sumiço nesses pensamentos negativos... Nanael diria que tudo passa.
Eu2: Ele tem razão.
Eu: E não é?

E assim o dia passou. Tive outros diálogos internos, ainda piores, mas não ouso revelar. Eu2 resolveu me dar um pouco de sossego. Acho que até ela se cansou de mim. Opa!



Eu2: Voltei. Li o texto. Está razoável. Mas você não deveria ter feito a comparação com a Bridget Jones.
Eu: Por quê?
Eu2: Porque ela se envolveu com Daniel Cleaver e com o Mark Darcy. E você?
Eu: Hummmm... Pelo menos, eu não bebo!
Eu2: É, já é um começo.

Eu sou um gênio...

...porque encontrei a resposta de uma das questões filosóficas mais intrigantes de todos os tempos: 19 não é 20.

Depois de dias de reflexão, concluí que 19 se transforma em 20 durante o horário de verão, quando temos que adiantar o relógio em uma hora.

(Especialmente para a Meg. Ela deve ter entendido...)