Parte I - Yes, we can!
Fui ao correio hoje, fazer um depósito. Enquanto esperava na fila, uma senhora chegou e começou a falar:
- Einstein! Kartoffelfest! Einsbein! Scharzenegger! Schmier! Rammstein!
Neste momento, uma exibidinha que estava na fila, respondeu:
- Can I help you?
Até eu, que só sei falar Alles Gutt?, percebi que a mulher estava falando alemão e não inglês. Mas sabe como é, algumas pessoas precisam aparecer a qualquer custo. Mesmo na fila do correio.
Eu me pergunto: se a exibidinha é tão versada em inglês, como não percebeu a diferença entre as duas línguas? Fora que, aqui, é bem comum alguém aparecer falando alemão do nada. Inglês, não.
Enfim, cada um se vira como pode. Na falta de uma melancia no pescoço, vale exibir conhecimento de inglês, como se fosse uma coisa muito rara. Morri vontade de me meter na conversa e dizer:
-This is not English, honey. It’s German.
(Yes, I can speak English. So what?)
Parte II- O seu amor é canibal
Quando finalmente chegou minha vez de ser atendida, a moça do caixa me pediu para aguardar um pouquinho, porque ela precisava limpar o balcão. Olhei para o balcão e estava tudo sujo de sangue. Eu ia perguntar se alguém recebeu uma bomba pelo correio, mas ela foi mais rápida:
- A senhora que eu estava atendendo arrancou um pedaço do dedo. Com os dentes.
Eu não sabia se gritava “Que nooooooooooooooooooooooooojo!” ou se ajudava a limpar. Sério, tinha muito sangue no balcão. Que tipo de gente come os dedos desse jeito, meu pai eterno? É fome? É excesso de amor próprio?
Vão se as unhas, ficam os dedos...
Criaturas bizarras
Estatística
95% dos blogs são abandonados em menos de um ano. Interessante... Nunca vi isso acontecer!
Chatúsculo
De tanto ouvir falar no fenômeno literário Crepúsculo, resolvi dar uma espiada. Muita gente implicava com ele, mas eu não queria formar uma opinião sem ter lido. Daí fui lá, baixei o primeiro livro e fui lendo, em doses homeopáticas.
É verdade que o e-book que eu baixei ajudou muito a aumentar o meu pé atrás. Nunca li uma tradução tão mal feita: com erros de português e frases como “eu encarei ele”. Deve ter sido feita por algum adolescente que não quis esperar a versão em português chegar às lojas. Horrível, mas deu para ler.
A história começa com a chegada de Bella Swan a uma cidadezinha minúscula em Washignton, Estados Unidos, onde chove quase o tempo todo. Bella foi para Forks (o nome da cidade) para morar com o pai, com quem ela não tinha muita intimidade.
Na escola, ela conhece Edward Cullen e seus “irmãos”. Edward Cullen, seus irmãos e todo o resto da família são vampiros, como Bella descobre depois. Vampiros bonzinhos, que não se alimentam de sangue humano e preferem caçar animais para se alimentar, mas sem causar danos ao ecossistema. Bocejos. E são lindos, perfeitos, parecem ter saído de uma revista – como a autora faz questão de dizer a cada dez linhas.
No geral, tudo se resume a isso: repetição. A autora parece não se convencer de que os leitores têm uma boa memória. “Edward é lindo”, “Edward é perfeito”, “Edward deu um sorriso torto (oi?)”, “Eu sou muito perigoso para você, Bella”, “Eu sou muito desastrada” e frases parecidas são encontradas ao longo de todo o livro.
Parece que a gente está lendo a Capricho ou os nossos diários de adolescente. “Vi Edward na escola hoje e ele estava lindo como sempre”. Troque o nome dele pelo garoto que você idolatrava na quinta série e o resultado é o mesmo.
Enfim, perdi um tempão tentando entender os motivos pelos quais esse livro virou sucesso e não consegui. Ok, tem romance, que é muito atrativo para as meninas. Tem histórias de vampiro, para agradar aos meninos. Mas ação, mesmo, só acontece no final.
Não gostei, não me diverti, mas sobrevivi. E aprendi duas coisas:
a) Edward Cullen é lindo;
b) Não tenho mais idade para ler romances bobos.
Inverno é chique!
Ah, que beleza que é o inverno! Comer pinhão. Passear na Serra. Tomar chocolate quente na frente da lareira. Dormir com um edredom de penas de ganso. Usar casacos de lã uruguaia (os mais quentinhos que existem). Comprar um chapéu estiloso. Assistir a um bom filme enrolado numa manta. Comer, comer, comer! Ninguém fica suando. A chapinha e a escova duram mais. As pessoas se arrumam melhor. Inverno é chique!
Sim, inverno é chique! Não há nada mais elegante do que uma tosse encatarrada. Aposto que isso atrai o sexo oposto mais do que qualquer outro artifício. Você dá aquele olhar de soslaio, joga o cabelo e tosse, tosse, tosse, até o rosto ficar vermelho e saírem lágrimas dos olhos. Quanto mais catarro o seu pulmão tiver, melhor. Assim, quem sabe, você pode até dar uma cusparada no chão. Ou num lenço, vá lá. Chique de doer. Sexy a não mais poder.
Se você tiver sorte, mas sorte mesmo, pode até ir parar no Pronto Socorro. As chances de conhecer o amor da sua vida lá são grandes. Quanto mais frio, mais gente doente. E, saindo do PS, os pombinhos podem dividir o mesmo nebulizador, o mesmo xarope e trocar informações sobre catarro, crises de rinite e coriza. O amor é lindo, e se sobreviver a tanta escatologia, é verdadeiro.
Outra coisa podre de chique, no inverno, são as roupas. Você veste uma calça jeans, uma blusa de lã e um casaco pesado por cima, além de um cachecol. Isso é o que os outros vêem e talvez admirem. O que eles não sabem é que, por baixo de toda essa elegância, há: uma camiseta de manga longa, um blusão de lã mais fininho, uma meia-calça fio 40, uma calça de lã (ou pior ainda: uma ceroula!) e um par de meias três-quartos. Inexplicavelmente, mesmo com tanta roupa, você ainda treme feito vara verde. Tremer é chique? Andar com um monte de roupas que não combinam, uma por cima da outra, é chique? E num encontro amoroso, desabotoar a calça de alguém e dar de cara com uma ceroula é excitante? Tenho cá minhas dúvidas...
Existe só uma coisa que consegue ser pior do que as doenças respiratórias e a montanha de roupas que temos de usar durante o inverno: andar de ônibus. “Ah, mas no inverno as pessoas não suam!”. Quem diz isso está mentindo. Que eu saiba, as glândulas sudoríparas não hibernam. Elas continuam trabalhando direitinho, seja lá qual for a estação do ano. As pessoas suam, sim. E com um agravante: usam roupas de lã, quase sempre sintéticas, que ficam impregnadas com qualquer cheiro ruim, seja catinga, seja excesso de perfume. Para piorar a situação, existem os “enforcadores de banho”, que evitam a todo custo entrar em contato com água, assim que aquela frente fria chega da Argentina.
E o ônibus, nessa história toda? No transporte coletivo, além dos enforcadores de banho, encontramos também aqueles que derretem com pingos de chuva e aqueles que têm medo de vento. Logo, todas as janelas do veículo estarão fechadas. Os passageiros, como se não bastasse a imensa alegria de sofrer com a falta de higiene alheia, também têm grandes chances de pegar alguma doença respiratória, devido ao ar viciado e a aglomeração de gente encatarrada. Ou seja, tudo conspira para que você conheça o grande amor da sua vida no Pronto-Socorro. Inverno é ou não é uma coisa linda?
Inverno é chique, sim. Para quem mora num Estado onde não faz frio de verdade. Ou para quem pensa que a vida, em tempos de frio, se resume a tomar chocolate quente na frente da lareira. Quem dera fosse, minha gente!
(O inverno ainda não começou, mas já tivemos o primeiro dia de frio do ano. Pensando nisso e no que está por vir, lembrei deste texto que escrevi ano passado no Talicoisa. Gostaria de morar num lugar onde faz calor o ano todo...)
Você não vale nada, mas eu gosto de você
Querida Colorama, tenho uma dúvida: em quantos DIAS, depois de pintar as unhas, posso tomar banho? Devo providenciar luvas cirúrgicas? E se chover?
Pintei as unhas hoje de manhã e acabei de sair do banho. Duas delas saíram inteiras debaixo do chuveiro e as outras soltaram micro-lascas. Que ódio.
O que adianta fazer cores lindas, se elas só servem para colorir o algodão? Sim, porque eu vou tirar tudo e pintar de novo. Com outra marca. Tô de mal.
Beijinhos.
Alergias
Um cachorro que é alérgico a pulgas, alguém já viu? Eu tenho um. O danado tem a mania de fugir para a rua, sempre que encontra o portão aberto. Na volta, traz esses visitantes indesejados. O tratamento deu certo, mas não foi barato. Custou mais do que o cachorro!
A dona do cachorro também tem alergia. Não a pulgas, mas a pêlos de cachorro. Depois de brincar, apertar, pegar no colo, sempre fico com umas bolinhas. Ou com coceira nos olhos.
Se existe tratamento, ainda não fiz. Sou pisciana e gosto de sofrer por amor.
PS: Por que todo o veterinário ri do nome do meu cão? Ozzy nem é um nome tão estranho assim!
Argumentos que encerram qualquer discussão
Um quase diálogo, ou quase monólogo, que ocorreu hoje no MSN.
Luna diz:
eu li Senhor dos Anéis e não sei de cor o nome de toda aquela gente, muito menos dos lugares
Luna diz:
é coisa demais
Luna diz:
Harry Potter é bem mais simples, os personagens são os mesmos em todos os livros, com algumas mortes e poucos acréscimos
Luna diz:
e quase toda a história se passa na escola
Fabio diz:
e já tá muito bom
Luna diz:
é
Luna diz:
saber tudo de SdA dá bem mais status
Fabio diz:
deve ser tipo saber a letra de Faroeste Caboclo
Fabio é genial, não?
O pior dia do ano
O cão chupando manga. Azeda que nem jiló. De mal com a vida. Acordando com os dois pés esquerdos. Melancólica. Chata de galocha. É assim que eu me sinto, desde sempre, quando chega a véspera do meu aniversário.
Não tem muito a ver com a idade, pois lembro de ter tido crises assim na adolescência também. Como eu disse antes, isso acontece desde sempre. Mas hoje, em que me despeço dos 30 anos e estou quase chegando aos 31, parece que tudo foi potencializado.
Passei o dia inteiro, inteirinho, sendo a Bridget Jones. Todos aqueles questionamentos que a Bridget faz ao longo de um ano, em seu diário, eu fiz hoje. Foi uma overdose de pessimismo, humor negro, antecipação de coisas que nem sei se vão acontecer. Uma típica véspera de aniversário. Na minha cabeça, os diálogos internos mais ridículos se sucediam.
Na padaria, ao ver uma mãe com seu filho:
Eu: Ai, será que um dia eu vou ter um filho?
Eu2: Tu nem gostas de criança. Nem tem paciência!
Eu: Pois é. Mas... Poxa vida, por que eu também não posso ter um filho?
Eu2: Cachorros dão menos trabalho. E ter filhos com quem?
Eu: É...
Na rua, indo para casa:
Eu: Já sei! Eu quero ir embora daqui. Não quero mais morar na mesma cidade, ver as mesmas pessoas. Ó, tô andando aqui e nem tô reparando em nada. Já conheço até as pedras da calçada de cor!
Eu2: Mudar de cidade não vai adiantar. Tu vais ter que te levar junto, sabia?
Eu: Eu sei que o problema sou eu!
Eu2: Então, agora é hora de olhar para dentro.
Eu: Cansei de olhar para dentro. Quero sofrer em Paris! Ou em São Paulo! Em Salvador!
Eu2: Com que dinheiro?
Eu: Ok, você venceu.
No trabalho, num momento ocioso, quando eu ia jogar fora uma folha de papel rabiscada:
Eu: Como era mesmo aquela dobradura que eu fazia na quinta série?
Eu2: E eu é que sei?
Eu: Acho que era assim... Ih, não deu certo. Mas eu tinha certeza de que era assim! Viu só? Eu não tenho talento pra nada! Pra nada!
Eu2: E de que serve ter talento pra dobrar papel?
Eu: Será que devo aprender origami?
Eu2: Pra quê?
Eu: Sei lá. Eu podia fazer aqueles passarinhos, amarrados numa cordinha... Um móbile, sabe?
Eu2: Isso é brega!
Eu: Verdade. Mas se eu fizesse, não teria que comprar um.
No trabalho, ainda:
Eu: Acho que eu preciso é de um amor.
Eu2: Uma pessoa, agora, só ia atrapalhar.
Eu: Por quê?
Eu2: Porque não é o momento. Agora é hora de olhar para dentro.
Eu: É... Realmente, não estou com paciência...
Eu2: Eu sempre tenho razão. Vai cuidar dessa cabeça!
Eu: E se eu aprendesse a meditar? A esvaziar a minha mente? Assim, não teria que ouvir você!
Eu2: Sua mente não consegue se aquietar. Nem por um segundo.
Eu: Eu SEI! Mas se eu pudesse dar sumiço nesses pensamentos negativos... Nanael diria que tudo passa.
Eu2: Ele tem razão.
Eu: E não é?
E assim o dia passou. Tive outros diálogos internos, ainda piores, mas não ouso revelar. Eu2 resolveu me dar um pouco de sossego. Acho que até ela se cansou de mim. Opa!
Eu2: Voltei. Li o texto. Está razoável. Mas você não deveria ter feito a comparação com a Bridget Jones.
Eu: Por quê?
Eu2: Porque ela se envolveu com Daniel Cleaver e com o Mark Darcy. E você?
Eu: Hummmm... Pelo menos, eu não bebo!
Eu2: É, já é um começo.
Eu sou um gênio...
...porque encontrei a resposta de uma das questões filosóficas mais intrigantes de todos os tempos: 19 não é 20.
Depois de dias de reflexão, concluí que 19 se transforma em 20 durante o horário de verão, quando temos que adiantar o relógio em uma hora.
(Especialmente para a Meg. Ela deve ter entendido...)
A cara da dona
Dizem que os cachorros são semelhantes aos donos. Não sei até que ponto isso é verdade, porque “dizem” tantas coisas por aí... Minha cachorra Mel, que fez sete anos na semana passada, é parecida comigo em alguns aspectos.
Mel é e sempre foi magra: Ela come, come, come, COME e não engorda. Nunca vi criatura pensar tanto em comida. Eu também nunca engordei. Mas não sou comilona, sou muito enjoada para isso.
Mel não cresceu: É hobbit, igualzinha à dona! Awnnnn!
Mel é chata: Não preciso explicar muito...
Mel tem sete anos e ainda brinca: Se jogar The Sims for considerado brincar, eu também sou uma “velha” que brinca. Fora as minhas outras “retardatices”...
Mel prefere parceiros mais jovens: Ela é “namorada” do meu cachorro Ozzy, ainda que platonicamente. Ele só tem quatro anos, é uma criança. Eu não consigo me imaginar com um homem muito mais velho. Com mais novos, sim. Culpa das minhas “retardatices”.
Mel não gosta de chuva: Quando chove, ela fica dentro de casa. Se quer fazer xixi, vai para a rua, na ponta dos pés, morrendo de nojo de pisar na água. Chuva me deprime. Pena que não posso ficar em casa nos dias chuvosos... Alguém tem que comprar a comida da Mel...
Mel se mete onde não é chamada: Qualquer barulho na vizinhança, por mínimo que seja, Mel se põe a latir. Não chego ao extremo de me meter na vida dos vizinhos, mas adoro uma fofoca. Mesmo que seja sobre a Paris Hilton, que não é do meu círculo de amizades.
Mel rosna, quando é irritada: Eu também! Ok, não literalmente! Mas também não sou de levar (muitos) desaforos para casa. Gente folgada tem que conhecer o seu lugar!
Mel sabe fazer cara de desprezo: Aprendeu direitinho com a dona, uma antipática de marca maior.
Melzinha, Melzinha... Tão pequena, tão doce, tão amiga... Quero que você viva para sempre! Ou, pelo menos, mais uns sete anos.
Educando as novas gerações - II
Yuri: Eu sou irritante. Manda eu tomar no cu.
Luna: Não se manda ninguém tomar no cu.
Yuri: Por quê?
Luna: Porque a pessoa é capaz de gostar, aí sua ofensa vai por água abaixo.
Yuri: É mesmo...
Por que ele, Meg?
Minha amiga Rafa, mais conhecida como Meg, mora em Salvador. Nós nunca nos encontramos pessoalmente, só temos contato pela Internet. Ano passado, quando íamos nos conhecer, ela quebrou o pé antes de viajar. Estamos pensando nas próximas férias...
Com isso na cabeça, tive um sonho muito estranho...
Nele, nós viajamos e ficamos hospedadas numa pousada. Estávamos as duas na sala da pousada, falando com a dona. De repente, apareceu sabe quem? Lord Voldemort, em pessoa.
Ele chegou, tentou matar um monte de gente, mas não conseguiu. Verdade, ninguém morreu. O máximo que aconteceu foi uma correria na pensão. Sem graça! Já não fazem mais Lordes das Trevas como antigamente.
Eu e Meg ficamos paradas, olhando. A dona da pensão também. Terminado o espetáculo, Voldemort nos convidou para sair. Meg aceitou, encantada. Eu não queria, mas tinha que cuidar dela. Não ia deixar minha amiga sozinha com um doido. Fui junto.
Ele nos levou a um show. No carro da mãe da Meg, que apareceu não sei de onde. Voldie insistiu em dirigir, e não tivemos coragem de negar. Ele e Meg sentados na frente, e eu atrás, achando que aquilo não poderia acabar bem.
O show, como descobri depois, era do R.E.M. Chegamos quando eles estavam tocando “It’s the end of the world as we know it (and I feel fine)”. Achei condizente com o resto do sonho.
Lá pelas tantas, Voldemort se revoltou novamente. Insisti com a Meg para ir embora, mas ela estava se comportando como se estivesse num carnaval de rua. Ela dançando, Voldemort lançando raios nas pessoas, e eu preocupada.
Puxei a Meg pelo braço, saímos correndo, pegamos o carro e fomos... para o fórum! Na frente do fórum, Meg encasquetou que queria ver o rio, que não iria embora sem ver o rio.
Chegando no tal de rio, Voldemort apareceu novamente. Desta vez, ele estava transformado em outra pessoa, que tinha até nariz. Como um bom menino, nos levou de volta à pensão. Nada mais me lembro.
Moral da história?
a) Quando duas garotas saem para se divertir, sempre aparece um chato, para estragar tudo;
b) Segurar vela não é bom negócio. Ainda mais se o namorado (ou pretendente) da amiga for meio temperamental;
c) Todo o sapo dá um jeito de se transformar em príncipe, no final da história. Ainda que seja tarde demais;
d) Garotas, quando se encantam por um cara, não ouvem mais as amigas;
e) Mais vale quebrar o pé antes de viajar, do que marcar encontro com um cara sem nariz.
No momento...
... estou dando um tempo. Um longo tempo. Sem ler jornal, sem ligar a tevê. Perdi alguma coisa? O fim de “A Favorita”, que eu nem assisti mesmo, a posse do Obama, que nem me interessa, e milhares de notícias sobre a guerra na Palestina, que nunca foi novidade.
... estou sendo assombrada por fantasmas do passado. Está certo que a minha cidade não é tão grande assim, mas encontrar conhecidos de longa data, quase todos os dias, não tem a menor graça. Dou graças a Deus porque nem todo mundo pára para conversar. Acho simplesmente terrível responder à pergunta “O que você tem feito?”. Fantasmas do passado pertencem ao passado, e ele não volta. Que sigam seu caminho.
... estou me perguntando onde está o verão. Tem feito muito frio, tem chovido muito, para essa época do ano. Não é aquele frio de inverno, mas cadê o calorão? Aquele que te impede de dormir à noite, aquele que te faz morrer de sede e comprar um picolé? Será que começa em junho?
... estou lendo bastante. O ano mal começou e já li três livros. Dizem que tem gente que lê três livros em um ano. É, até que estou bem. Hoje começo mais um; ainda não decidi qual.
... estou viciada numa música, para variar. Meus vícios musicais são bem estranhos. Como consegui me viciar nisso?
... estou no MSN com mais um fantasma do passado. O que me leva a concluir que eles me perseguem. O engraçado é que, quando o fantasma ficou online, pensei que há tempos não nos falávamos e que isso era uma pena. Minutos depois, a criatura falou comigo e me disse exatamente o que eu pensei. Medo.
... estou pondo em prática meu verbo preferido: procrastinar. Daqui a pouco eu dou comida para os cachorros, mais tarde vou pedir uma pizza e semana que vem eu faço hidratação nos cabelos. Se Scarlett O’Hara pode deixar tudo para resolver amanhã, eu também posso.